Bons Estudos!

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quinta-feira, 30 de abril de 2020

6ª ano 5ª série INSP/2020 - A mitologia egípcia e o processo de mumificação!

Pirâmides, faraós, múmias, vida após a morte… Quem nunca teve curiosidade por esses temas? Vamos compreender a Mitologia do Egito Antigo e muitos dos seus Mistérios!!!!

 MITOLOGIA EGÍPCIA! 
No Egito Antigo, as pessoas seguiam uma religião politeísta, ou seja, acreditavam em vários deuses. Estas divindades possuíam algumas características (poderes) acima da capacidade humana. Poderiam, por exemplo, estar presente em vários locais ao mesmo tempo, assumir várias formas (até mesmo de animais) e interferir diretamente nos fenômenos da natureza. As cidades do Egito Antigo possuíam um deus protetor, que recebia oferendas e pedidos da população local.



Acessórios e curiosidades:


O Cetro

cetro conhecido como heqa é um pequeno bastão com uma das extremidades formando um gancho e que os pastores usavam para recapturar as ovelhas fugitivas, prendendo-as pelas patas. Às vezes é folheado a ouro e reforçado por tiras de cobre azul e pode ser visto frequentemente empunhado pelos reis egípcios. Ele simboliza o próprio conceito de lei e de ordem e a mais antiga representação de um rei carregando esse cetro é uma estatueta de Ninetjer, faraó da II dinastia (c. 2770 a 2649 a.C.). Posteriormente os reis passaram a empunhar esse cetro cruzado sobre o peito juntamente com o chicote. O que vemos ao lado provém da tumba de Tutankhamon (c. 1333 a 1323 a.C.). 


 O Cetro 



O Chicote 

chicote, na verdade um mangual de malhar grãos, ilustrava o poder do faraó sobre toda a produção do reino. Essa peça tornou-se bastante conhecida por sua presença no sarcófago de Tutankhamon, no qual aparece associada ao cetro heqa. Tal associação, entretanto, não ocorria nos primeiros tempos, quando o chicote surgia sozinho em representações de cerimônias reais. A peça que vemos ao lado, confeccionada em ouro e pedras semi-preciosas, também foi encontrada no túmulo de Tutankhamon.

O Chicote 

O Cetro e o Chicote 


A Cruz Ansata:

A Cruz Ansata, conhecida também pelo nome Ankh ou cruz ankh, é considerada uma cruz sagrada em algumas religiões, e é também chamada de cruz egípcia, devido à sua origem. A cruz Ansata era um antigo hieróglifo que, segundo os egípcios, simboliza a eternidade, a chave da vida. Era um símbolo utilizado pelos nobres e faraós com o intuito de lhes trazer proteção.
A Cruz Ansata 


Barba de Cerimônia 


Uma barba de cerimônia trançada e postiça é outro dos atributos do rei e até a rainha Hatshepsut (c. 1473 a 1458 a.C.) se fez representar com ela. É de se notar que o faraó não só é geralmente imberbe, como também manda raspar o crânio no dia da sagração. Aqui a barba aparece representada no rosto de um dos Ptolomeus, num busto feito de bronze.

A Barba 


O Usek 

Uma Usek, ou colar dourado, era algumas vezes, colocado no pescoço durante o funeral.


O Usek 

A Serpente 

Animal venerado pelos egípcios, a serpente simbolizava a proteção, a saúde e a sabedoria sendo portanto, considerado um talismã muito poderoso.
A Serpente 


O escaravelho 

O escaravelho é um símbolo egípcio, é o símbolo cíclico solar e um símbolo de ressurreição. O escaravelho é a representação do sol que renasce de si mesmo, como um deus que sempre volta.Ele também foi usado no antigo Egito como um amuleto de sorte, ou talismãs, que ocultava em si o segredo do eterno retorno à vida. O escaravelho era usado muitas vezes como um amuleto que protegia o coração dos mortos para que estes não testemunhassem contra si mesmos, podendo ficar livres de qualquer condenação.

O Escaravelho


O Escaravelho Alado, que representa o coração, o falcão que simboliza o deus Hórus, filho de Ísis e Osíris.
O Escaravelho Alado 


O Gato 

Animal venerado como um Deus, visto que os egípcios consideravam os felinos seres superiores; eles ajudaram os antigos egípcios a combater um de seus piores inimigos – os ratos que infestavam a região, destruindo as colheitas de grãos e cereais, além de espalharem doenças. Quando notaram que os gatos eram a solução para controlar a população de roedores, os egípcios começaram a tratar os bichanos como membros da família e passaram a encará-los como verdadeiras divindades. Essa adoração teve de contar com a ajuda das autoridades, porque, antes de o animal ser decretado um ente sagrado, muitos bichanos eram servidos como prato principal às margens do rio Nilo.Uma das deusas egípcias representadas com cabeça de gato era Bastet (também conhecida como Bast e Ubasti). Ela começou a ser cultuada por volta de 3000 a.C. e representava o prazer, a fertilidade, a música e o amor. Além de Bastet, as duas principais divindades egípcias – Ra, o deus do Sol, e Ísis, a deusa da vida – também apresentavam traços felinos. 


O Gato 

Olho de Hórus 

Amuleto que, para alguns, corresponde ao “olho que tudo vê”, por isso, para os egípcios, o olho de Hórus simbolizava a clarividência, além de simbolizar o poder, a força e a proteção espiritual. Vale lembrar que esse símbolo corresponde ao olho que o deus Hórus perdeu durante uma batalha.


O Olho de Hórus 

A Fênix  
Ave lendária, para os egípcios, a Fênix era considerada o pássaro da ressurreição, símbolo de vida e da renovação, uma vez que essa criatura mítica renasce de suas cinzas. Dessa maneira, ela está associada ao ciclo do sol, representando o símbolo das revoluções solares e, por isso, é uma referência à cidade de Heliópolis (cidade do sol).



A Fênix 



A Pena 


Para os egípcios, a pena simbolizava a justiça, de forma que representava o peso mais leve, no entanto, necessário para interferir no equilíbrio da balança.


A Pena 


O Sarcófago 

Significa literalmente "comedor de carne". É um tipo de túmulo de pedra onde se deposita um cadáver, geralmente mumificado, para sepultamento usado no Antigo Egito.
O morto necessitava do seu corpo conservado para que seu ka (espírito) pudesse regressar e juntar-se a ele novamente, quando fosse retornar a vida. Sendo que o ka exigia um suporte físico para continuar existindo, o sarcófago tinha a função de ajudar a preservar, proteger e fazer com que o corpo a permaneça em um estado de vida? E mesmo que o corpo se deteriorasse, o sarcófago teria de substituí-lo.
O Sarcófago de Tutankamon 

Relação das principais divindades do Egito Antigo e suas características.



NUN, é a divindade mais primitiva do panteão de Heliópolis. Personificava o abismo líquido ou as águas primordiais, a partir do qual todo o mundo foi criado; é a divindade mais velha e sábia de todas. Era representado como um homem barbado, com uma pena na cabeça e portando um cajado. É uma divindade bissexual e à vezes masculino. Nun gerou Atun (o sol nascente) e Re ou Rá (o sol do meio dia).


Rá -  Sol (principal deus da religião egípcia) 
RÁ ( ou Rê), o criador dos deuses e da ordem divina, recebeu de Nun seu pai (mãe) o domínio sobre a Terra, mas o mundo não estava completamente acabado. Rá se esforçou tanto para terminar o trabalho da criação que chorou. De suas lágrimas, que banharam o solo, surgiram os seres humanos, masculinos e femininos. Eles foram criados como os deuses e os animais e Rá tratou de fazê-los felizes, tudo o que crescia sobre os campos lhes foi dado para que se alimentassem, não deixava faltar o vento fresco, nem o calor do sol, as enchentes ou as vazantes do Nilo. Como era considerado o criador dos homens, os egípcios denominavam-se o "rebanho de Rá". O deus nacional do Egito, o maior de todos os deuses, criador do universo e fonte de toda a vida, era o Sol, objeto de adoração em qualquer lugar. A sede de seu culto ficava em Heliópolis, o mais antigo e próspero centro comercial do Baixo Egito. Na Quinta Dinastia Rá, o Deus-Sol de Heliópolis, tornou-se uma divindade do estado. Foi retratado pela arte egípcia sob muitas formas e denominações e era também representado por um falcão, por um homem com cabeça de falcão ou ainda, mais raramente, por um homem. Quando representado por uma cabeça de falcão estabelecia-se uma identidade com Hórus, outro deus solar adorado em várias partes do país desde tempos remotos.


Osíris - vida após a morte, vegetação 
Descendente direto de Rá (o deus da criação), Osíris é o filho mais velho do casal Geb e Nut. Ele reinou sobre a Terra como o primeiro faraó do Egito. Isso até ser assassinado por seu irmão Set. A partir daí, Osíris virou o deus supremo e o juiz do mundo dos mortos.


Ísis - amor, magia 
Dona de poderes mágicos, protetora e piedosa, a irmã-esposa de Osíris era muito popular - foi a última divindade egípcia a ser adorada na Europa antes da chegada do cristianismo. O rio Nilo nasceu das lágrimas que ela derramou quando Osíris morreu.


Seth - tempestade, mal, desordem e violência 
O deus do caos é o responsável pelas guerras e pela escuridão. Matou o irmão, Osíris, mas perdeu a supremacia do Egito para o sobrinho Hórus. Tem a forma do porco-formigueiro - animal raro da África.




NEPHTHYS
No vale-tudo da mitologia, foi irmã-esposa de Set e de Osíris. Após a morte deste, separou-se de Set e se juntou a sua irmã Ísis em luto. É associada ao culto dos mortos e mostrada às vezes como uma mulher ao lado de sarcófagos.


Hórus - céu 
Filho de Osíris e Ísis, tem cabeça de falcão e é o protetor dos faraós e das famílias. Quando perdeu o pai, lutou contra Set pelo trono de principal deus do Egito. Após intervenção de Osíris, direto do "Além", os demais deuses aclamaram Hórus como líder supremo.


Hathor - amor, alegria, dança, vinho, festas
A esposa de Hórus é a deusa guardiã das mulheres (especialmente as grávidas) e protetora dos amantes. No Egito antigo, a vaca era considerada um animal gentil, por isso Hathor era representada com a cabeça ou as orelhas de uma vaca.


Anúbis - os mortos e o submundo 
O deus com cabeça de chacal nasceu da união de Osíris e Nephthys. Foi ele quem criou a primeira múmia, ao preparar o corpo do pai assassinado. Tem papel importante na passagem para o mundo dos mortos.
Anúbis às vezes é representado como um chacal sentado sobre as quatro patas, com a cabeça erguida e olhando para o infinito; noutras como um homem com cabeça de chacal, tendo nas mãos um cetro e um “ank”, a cruz ansata a chave da imortalidade.


Toth - sabedoria, conhecimento, representante da Lua 
Sua origem é polêmica: alguns textos o apresentam como filho de Rá, outros, como de Set. Com cabeça de uma ave - a íbis - é o deus da Lua, da sabedoria e da cura. É o patrono dos escribas e trouxe os hieróglifos ao Egito.


Bastet - fertilidade, protetora das mulheres grávidas 
Ligada à fertilidade, é a deusa da sexualidade e do parto. Após o ano 1000 a.C., sua imagem ganhou a forma de gato - animal que para os egípcios traz boa sorte. É mais uma das filhas de Rá.

SEKHMETH
A poderosa deusa com cabeça de leoa é filha de Ra, mas reflete o aspecto destrutivo do Sol. Foi enviada por Rá para punir os humanos que passaram a adorar um deus em forma de serpente.


Sobek - paciência, astúcia 
Originalmente Sobek ou Sebek era considerado um demônio, já que os crocodilos eram temidos em uma nação tão dependente do Nilo, seu culto começou como uma tentativa de pacificá-los, para que não mais atacassem barcos, gado e mesmo pessoas.
Gradualmente Sebek começou a simbolizar a produtividade do Nilo, a fertilidade que vinha do rio à terra, o que foi tornando-o um deus cada vez mais duvidoso. Algumas vezes Sebek podia ser visto como patrono do exército do faraó, devido à sua força e ferocidade.



Ptah - obras feitas em pedra 
Deus criador e divindade patrona da cidade de Mênfis. É um construtor.
Ao contrário de Seker, outro deus construtor, Ptah está associado às obras em pedra. Ápis era seu oráculo. Mais tarde, foi combinado com Seker e Osíris para criar Ptah-Seker-Osíris.
















Maet - justiça e equilíbrio 
Na mitologia egípcia, Maet ouMaat é a deusa da Justiça e do Equilíbrio.

É representada por uma jovem mulher exibindo uma pluma na cabeça. É filha de Rá, o deus Sol e esposa de Tot(alguns escritores defendem que o deus-lua Tot era o irmão de Ma'at), o escriba dos deuses com cabeça de íbis. Com a pena da verdade ela pesava as almas de todos que chegassem ao Salão de Julgamento.




Khnum - criatividade, controlador das águas do rio Nilo 
Este deus representava os aspectos criativos; acreditava-se que Khnum regulava as águas do Nilo, das quais os egípcios dependiam para a sua sobrevivência. A vida no Antigo Egito estava regulada pelas inundações anuais do Nilo que traziam uma argila que fertilizava os campos e assim permitia a prática agrícola.




















Tefnut - nuvem e umidade 
Esta deusa egípcia tinha como principal característica a generosidade. Como era a responsável pela umidade e as nuvens, sua principal atribuição era acalmar a sede dos falecidos.Tefnut é uma deusa primordial como seu marido Chu, ela representa o ar umido e o seu marido Chu o ar seco, Tefnut é filha de e casada com seu irmão gêmeo Chu com ele teve 2 filhos Nut Geb.
Tefnut tem uma imagem de generosidade da presentes aos mortais (a chuva) ela e seu irmão são bons Tefnutafasta a sede e Chu afasta a fome.


Shu ou Chu - ar seco, luz do sol 
Chu é o deus dos ventos secos, é a personificação do ar, casado com Tefnut, pai de Geb Nut, filho de ,Chu também é deus do estado masculino, da perfeição, do calor e da luz. Chu é responsável de separar o céu da terra, que é o que ele faz todos os dias.

Ammit  ou AMMUT – a deusa dos infernos. Tinha como função devorar o coração dos malvados e indignos e puni-los pelo desrespeito à vida e ao sagrado. 


O MITO DA CRIAÇÃO 
Separação de deuses irmãos marca origem do mundo dos humanos

1. Os primeiros filhos de Rá foram Shu (deus do ar) e Tefnut (deusa da umidade). Como é comum nessa mitologia, os irmãos formaram um casal e tiveram como filhos Geb (deus da terra) e Nut (deusa dos céus). Ao nascer, os netos de Rá se juntaram num abraço, formando outro casal.
2. Rá não gostou muito dessa história e ordenou a Shu que ele separasse os filhos. Este empurrou Nut para cima e pressionou Geb para baixo. Enquanto Nut se tornava o céu que cobre o mundo, Geb virou a terra em que vivemos. E Shu permaneceu entre os filhos, representando o ar que as pessoas respiram.
Nut e Geb tiveram quatro filhos chamado Osíris,  Isis, Seth e Néftis. 

O Processo de Mumificação Egípcia 

Define-se mumificação como o fenômeno natural ou artificial de preservação de um corpo. Nesse processo, a putrefação ocorre vagarosamente, ao longo de muitos e muitos anos. A ideia de manter um corpo em bom estado após a morte foi colocada em prática por diversas civilizações, como maiasincas e egípciosOs antigos egípcios não tinham uma única fórmula para fazer múmias. “Havia vários procedimentos, que variavam de acordo com a classe social da pessoa e seus costumes”, afirma o egiptologista Arnaldo Brancaglion, do Museu de Arqueologia e Etnologia (MAE), da USP. Pois, para transformar um corpo em múmia era muito caro naquela época, sendo assim os pobres eram forrados com as roupas que haviam usado em vida, terra ou serragem. Depois disso, a incisão era fechada com uma placa de ouro, para evitar a invasão do corpo por maus espíritos.

A palavra múmia

O processo da mumificação consiste em cobrir o corpo com uma substância negra conhecida como betume. A palavra persa para betume é moumia de onde derivou o termo múmia.

As primeiras múmias 


Mumificação natural 

mumificação de um corpo pode acontecer de forma natural, desde que o ambiente onde o corpo está apresente condições favoráveis para a diminuição da velocidade da decomposição. São exemplos de ambientes favoráveis:
  • Condições extremas de frio (regiões muito geladas, como a Antártida);
  • Condições extremas de calor (como os desertos);
  • Alta temperatura do solo do local do sepultamento;
  • Regiões de pântano (a presença do musgo Sphagnum, que produz uma substância denominada de glycuronoglycan15, desacelera o crescimento de bactérias).
Substâncias utilizadas na mumificação
  • Natrão: uma mistura de diversos sais, como o cloreto de sódio, carbonato de sódio, bicarbonato de sódio e sulfato de sódio;
  • Betume: líquido viscoso e escuro que é composto por tipos diferentes de hidrocarbonetos;
  • Mirra: uma resina proveniente de pequenas árvores do gênero Commiphora;
  • Bálsamo de cedro e cominho: líquido extraído dessas plantas, o qual apresenta odor agradável;
  • Cera de abelha.
Etapas do processo de mumificação artificial egípcia 
Quando o Faraó morria, o seu corpo era levado de balsa pelo Nilo até a tenda do embalsamador. E lá no alto de uma colina começava a mumificação:

1º Passo: retirada do cérebro pelas narinas. Essa etapa era realizada com o auxílio de pinças de metal;


2º Passo: retirada da maioria dos órgãos internos a partir de um corte realizado do lado esquerdo do corpo. Apenas o coração não era retirado porque se acreditava que as emoções ficavam armazenadas nesse órgão.
Obs.: Durante algum tempo, os órgãos também eram submetidos ao processo de mumificação, com exceção do cérebro.

3º Passo: cobria-se o corpo com a mistura de sais denominada de natrão e colocava-se essa mistura também no interior do corpo, durante 40 a 72 dias, com o objetivo de retirar toda a água do corpo;

4º Passo: lavava-se o corpo para retirar o natrão a partir de bálsamo e óleos essenciais;

5º Passo: o corpo era enfaixado com panos feitos de linho.
Dentro das bandagens amuletos mágicos são colocados com a Múmia.




Quando morria, o faraó era honrado com festascânticos e a leitura do Livro dos Mortos, em que sua alma e seu corpo eram entregues aos deuses Anúbis ou Osíris. Isso acontecia no processo de mumificação, em tendas fora das tumbas. Com o cadáver pronto, havia uma procissão com carpideiras (mulheres contratadas para chorar a morte) e queima de incenso até o enterro. 

Alguns animais como, por exemplo, cães e gatos também foram mumificados no Egito Antigo. 

Os deuses dos órgãos das múmias.

No passado, os órgãos internos retirados das múmias eram armazenados em Vasos CanoposMuitos anos depois a prática de embalsamamento foi mudada e os embalsamadores começaram a recolocar os órgãos no corpo do falecido após terem sido desidratados em natro. 

Vasos Canopos 

Enrolamento da múmia 

1º Passo: a cabeça e o pescoço eram enrolados juntamente com tiras de fino linho. Em seguida os dedos e o restante do corpo individualmente.
2º Passo: os braços e as pernas eram enrolados separadamente. Entre as ataduras do embalsamado eram colocados amuletos para proteger o corpo na sua jornada no outro mundo.

“Laço de Ísis” amuleto para proteger o corpo.

DJED
É conhecido como o Pilar de Osíris, de onde Ísis teria retirado a caixa com o corpo do deus que tinha caído em uma armadilha feita por Seth. Esse amuleto significa “estabilidade” e representa a coluna vertebral de Osíris. Aparece muitas vezes em sarcófagos e tinha o intuito de dar estabilidade ao morto. O pilar Djed tornou-se um símbolo de Osíris, que tinha entre outros atributos a fertilidade e a regeneração. Ele era um amuleto popular também na vida cotidiana dos egípcios.
Prumo ou Nível”, amuleto que mantinha o equilíbrio na próxima vida.


3º Passo: uma sacerdotisa proferia encantamentos enquanto a múmia ia sendo enrolada. Esses encantamentos ajudavam o morto a se livrar dos espíritos malignos na outra vida.

5º Passo: mais tiras de fino linho são enroladas no corpo. As bandagens eram embebidas num tipo de cola para mantê-las unidas.


6º Passo: finalmente, uma outra túnica envolve inteiramente a múmia, que é enlaçada com tiras de linho dos pés até a cabeça, e cruzada sobre o tórax. Uma capa de madeira pintada protege a múmia antes de ela ser posta no sarcófago; e o primeiro sarcófago é colocado dentro de um segundo sarcófago.

7º Passo: o funeral é presidido pelos familiares do morto.


8º Passo: é realizado um ritual chamado “Abertura da boca”, enquanto os familiares do morto comem e bebem. Anúbis segura a múmia por trás. Finalmente, a múmia e colocada dentro de um amplo sarcófago de pedra na tumba. Mobílias, roupas, objetos de valor, alimento e bebida são postos na tumba para o falecido. Agora o morto está preparado para a sua jornada ao desconhecido. Lá seu coração (alma) será julgado pelas boas ou más ações na terra. Se seu coração for julgado puro ele será enviado para viver por toda eternidade na beleza dos “Campos de Caniços”.




O Tribunal de Osíris 
 O “inferno” para os egípcios era ser devorado por um deus após a morte.

1. Toda pessoa ao morrer era recebida pelo deus Anúbis. Ele tinha a missão de pesar o coração dos mortos em uma balança, uma espécie de avaliação de como a pessoa havia se comportado em vida.
2. Após ter o coração pesado, o morto era encaminhado para um julgamento final perante Osíris, que o questionava sobre diversas passagens da vida. Nessa conversa, Osíris podia até aliviar a barra de quem tivesse o coração “reprovado na balança”.
3. Os aprovados viveriam para sempre em um paraíso similar à Terra na companhia dos deuses. Os reprovados eram devorados por Amnut, deusa representada pelos três animais mais temidos no Egito: ela tinha cabeça de crocodilo e corpo com partes de leão e de hipopótamo.
Veja o quadro abaixo:


 A lenda de Osíris e a batalha de Hórus e Seth.

, o Deus Sol, é considerado a origem dos outros Deuses Egípcios, ele criou Osíris,ÍsisNéftis e Seth, eram todos irmãos. Não se sabia seu nome até que Isis lhe fez uma armadilha. Sendo a Deusa do amor e da magia, ela fez uma serpente picar o Deus Rá e deixa-lo doente. Ele chamou por todos os deuses pedindo pra lhe ajudarem, Ísis o curou com a condição de que revelasse o seu nome, assim ela se tornou muito importante, adquirindo alguns dos poderes de Rá.
Em uma delas, Ísis se casou com Osíris, o Deus da ressureição e da vegetação, juntos reinavam o Egito. Seth, Deus da tempestade e da violência, por inveja planejou matar o irmão e tomar o trono para si. Construiu um plano para matá-lo e assim usurpar o poder. Quando Osiris dormia, Seth tirou suas medidas e ajudado por conspiradores, mandou construir um esquife (caixão, sarcófago) todo enfeitado com joias, com as medidas exatas de Osíris.
Então Seth organizou uma festa, ou um banquete, e lançou um desafio aos convidados: aquele que coubesse no esquife, o ganharia de presente. Todos os deuses entraram, mas não couberam. Assim que Osíris entrou no esquife, coube perfeitamente. Mas Seth o trancou e mandou jogá-lo no rio, a correnteza o levou até o mar e o Mediterrâneo o levou até a Fenícia.
Ísis, irmã e esposa de Osíris, partiu em busca do esposo, e após muitas aventuras, conseguiu regressar ao Egito com a caixa, que escondeu em uma plantação de papiro. Seth a descobriu e cortou o corpo de Osíris em quatorze pedaços, que espalhou pelo Egito. Novamente Ísis parte em busca dos despojos do esposo e, dessa vez, ajudada pela irmã Néftis, encontram todas as partes de Osíris.
Ísis é a deusa da vida, da maternidade e da fertilidade, 
ela devolve o sopro de vida à seu esposo, mas precisa da ajuda de Anúbis para isso.


Ísis foi ajudada por Anúbis, que embalsamou Osíris, e este tornou-se a primeira múmia do Egito. Utilizando seus poderes mágicos, Ísis, conseguiu que Osíris a fecundasse e dessa união nasceu Hórus (Não esuqeça que apesar de Ísis ter revivido Osíris, ele não poderia mais reinar o reino dos vivos então preparou devidamente em um sarcófago o corpo de Osíris e o devolveu a terra, criando assim o culto do enterro, Osíris passou a reinar o mundo dos mortosEm outras versões, Ísis já estava grávida de Hórus quando seu esposo foi morto e isso explica a fertilidade deixada pelas águas do rio Nilo. Porque a deusa chorou tanto pela morte de Osíris, que o nível do rio subiu, mas ao descobrir que estava grávida, deixou de chorar, as águas voltaram ao seu nível normal, mas as margens ficaram férteis.
Seth iniciou uma luta pelo poder que envolveu todos os deuses. Hórus e Seth montaram um verdadeiro exército para a batalha e diversos confrontos sangrentos duraram por muito tempo. Em um último combate, Hórus encontrou Seth no meio de seu exército e o atacou. Seth tentou fugir do local e Hórus não o deixou escapar, travando assim outro duelo em que, dessa vez, Seth arrancou um olho esquerdo de Hórus, mas o deus Thoth o curouPor fim o próprio Osíris a partir do outro mundo, ameaçou mandar levantar todos os mortos se não fosse feita a justiça. Rá e um tribunal de deuses estabeleceram que a sucessão fosse hereditária, e assim, Hórus passou a governar o mundo dos homens, como herdeiro legítimo de seu pai. Dessa maneira o Faraó em vida convertia-se em Hórus e ao morrer identificava-se com Osíris, o soberano do Além, considerando-se igual ao deus.
Porém, existem versões desta história em que Hórus acaba com Seth e se torna o governador do Egito.


Hieróglifos 

A palavra hieróglifo vem do grego e significa “Escrita Sagrada”. É uma escrita formada por desenhos e geralmente utilizada para escrever fórmulas de oferendas, rituais de passagem, o cotidiano dos Faraós e tudo que era considerado sagrado para os egípcios. Não se esuqeça que é da direita para esquerda! 
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